Todos somos um

29/06/2020

Eu falo, nós falamos esta frase tão significativa, para tantos semelhantes. Mas até onde estamos realmente praticando com quem não se parece com você?

Muitas perspectivas se abrem a esta questão: julgamento ou empatia, críticas ou feedbacks, inclusões ou exclusões, distanciamento ou envolvimento, idas e vindas.Ou a posição de apenas observar os movimentos do todo.

Quando julgamos, criticamos, excluímos, nos distanciamos, nos omitimos, somos todos um? Continuamos pertencendo.

Não há outro lugar senão pertencer ao todo, mesmo não estando na presença física. Todos fazem parte, de alguma forma, através de formas diferentes de presença.

Somos um sistema, um grupo funciona como sistema, e interage mesmo que na sutileza das relações de omissão e exclusão.

Não importam os motivos de tais movimentos, porque não estamos aqui para julgar. O que importa são os efeitos sentidos, sintomas e como podemos promover a readequação desse todo.

Também como sistemas, integramos outros sistemas, maiores, sociedade, associações, e interagimos com tantos outros, e somos influenciados e impactados pelo sistema maior em que nos inserimos.

O que está certo? O que está errado? Essas perguntas não são as “certas”, para encontrarmos soluções, caminhos de possibilidades. O que faz isso ser assim? Talvez, então, com esta pergunta, possamos pensar melhor no que está em volta, aceitar tudo como foi, acolher, e se perguntar como podemos melhorar?

Um sistema não é formado de todos iguais, pensando iguais, fazendo as mesmas coisas, porque, assim, não evoluímos, e o sistema não evolui. Um sistema é composto de diferenças, de divergências, de diversidades de visões, percepções, de conhecimentos, de ações, para que se integrem de forma harmônica. As diferenças são necessárias para compor o todo, e a palavra que traz força ao sistema é integrar, mas respeitando os movimentos de cada. Ainda difícil de compreender?

Integrar não precisa colocar todo mundo se abraçando, a integração começa, para o sistêmico, a partir do movimento da alma.

O equilíbrio e harmonia plenos são ideais, não alcançáveis o tempo todo. Mas essa homeostase é buscada pelo sistema para encontrar a sua sobrevivência. Conflitos existem como sintomas, para serem olhados como formas de oportunidades, de novas formas de fazer. Compreendidas as causas, como, então, promover mudanças?
A mudança vem de dentro de cada integrante, de cada elemento do sistema. Não adianta transferir esse processo de mudança ao todo, para, então, mudarmos. Não adianta pensar que quando o mundo for bom, serei também.

A mudança começa a partir de cada um. “Seja a mudança que você quer ver no mundo” (Gandhi).

Quer ver mudança no todo, mude sua visão interna e sua atitude externa. Como podemos contribuir?

Precisamos assumir posições, cada um de nós, em nossos papéis que exercemos. Houve uma confiança depositada, um compromisso com esse todo, e, nessa condição, assumir as responsabilidades dos papéis.

Assumamos, então, os papéis em que nos colocamos ou fomos colocados em razão de uma teia complexa de eventos que nos fizeram estar aqui e agora. O que fazemos com isso então? Como fazemos o que fazemos? Por que fazemos o que fazemos? Colocando-se a serviço do amor e da paz.

Escrito em 18/06/2020
por Betina Costa
Presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB Piauí

Fabiana Quezada

Fundadora e desenvolvedora da SBDSIS | Advogada | Meta-coach
Consultora Sistêmica | Mediadora Consteladora…

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